No bate papo desta semana conversamos com Rafael Freire, que há três anos ocupa o cargo de atendimento sênior da área Digital de uma agência de comunicação. É considerado um líder informal pelos colegas de trabalho e nos conta um pouco de como foi o processo para se tornar um líder e quais são as suas responsabilidades nessa “função extra”.
Rafael: Acredito que o tempo de casa na empresa ajudou bastante nisso. Conhecer mais os processos e funcionamento e ser solícito para ajudar os mais novos acaba tornando você uma referência nesse sentido. Tem seu lado bom e também seu lado ruim, já que você é procurado pros mais diversos assuntos, desde coisas estratégicas até para saber quem é o responsável por trocar uma lâmpada. É interessante pra dar uma visão mais ampla, já que você acaba discutindo sobre os mais diversos temas tanto com pessoas que acabaram de entrar e estão com uma mente mais fresca quanto com aqueles mais experientes que tem muita coisa pra ensinar.
Conversando sobre Comunicação: Você gosta dessa função?
Rafael: É uma experiência interessante. Você tem que ter bom senso pra dar conselhos, pensar duas vezes antes de fazer/dizer algumas coisas. Porque estando nessa posição você é exemplo para o bem, mas dependendo dos seus atos, é bem simples se tornar exemplo para o mal também (já vivi os dois lados). Ser líder informal é basicamente um exemplo de confiança, tanto das pessoas que confiam em você quanto da confiança que você tem em você mesmo para exercer esse cargo informal.
Conversando sobre Comunicação: Quais as responsabilidades desse papel?
Rafael: Basicamente é um papel instrutivo e de apoio. Você usa a sua experiência para identificar oportunidades e potencialidades. Às vezes você corre o risco de perder grandes oportunidades e desperdiçar a potencialidade de grandes profissionais por simplesmente não escutar. É um papel interessante, já que você não carrega todas as responsabilidades, logo consegue ter uma visão diferenciada e ampla daquilo que passa despercebido pelo gestor.
Conversando sobre Comunicação: O que não gosta?
Rafael: Muita gente confunde com apenas bater papo. Acha que você está só conversando com as pessoas. Acredito que a percepção sobre o outro e suas expectativas e potencialidade podem ser descobertas nos menores detalhes.
Conversando sobre Comunicação: Consegue representatividade perante a alta direção?
Rafael: Essa é uma das obrigações informais. Você tem a percepção de muita coisa e não pode deixar elas paradas em você. É importante ter cuidado também para não ser um leva e traz, trabalhar apenas com informações concretas e percepções e achados do dia a dia. É uma experiência interessante, mas sem o devido cuidado pode ser mal interpretada.
O Conversando sobre comunicação agradece a contribuição dada pelo profissional Rafael Freire para o tema abordado neste post.
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