Dentro das organizações há equipes constituídas por pessoas e cargos definidos, estabelecidos formalmente em organogramas. Mas fora desse círculo de amizades, há também as pessoas que formam grupos “devido, principalmente, à afinidade e interesses em comum”, como diz Olavo Barros, estagiário de mídias sociais de uma grande agência de comunicação. A partir de então se formam os chamados grupos informais.
Esse tipo de grupo não se restringe ao ambiente de trabalho e por isso pode ser difícil detectá-los, como descreve Olavo, “por mais que a gente evite (eu pelo menos evito o quanto posso) falar de trabalho fora da agência, é impossível separar as coisas totalmente. Somos amigos/companheiros de balada ao mesmo tempo em que somos colegas de trabalho.”, mas eles podem auxiliar no contexto formal da comunicação, “vamos conhecendo as pessoas e percebendo também por esses encontros informais como elas são, o que torna esse processo prazeroso, divertido e que se mostra, muitas vezes, bastante eficiente para que algumas decisões sejam tomadas.”. Por isso os grupos não devem ser evitados e a comunicação interna deve acompanhar sua movimentação.
Essa formação também ajuda na recepção e integração de novos funcionários, “como entrei na agência esse ano, acabei me aproximando do pessoal mais novo também para conversar e trocar experiências sobre o fato de ser iniciante, compartilhando expectativas e até receios sobre a profissão e o trabalho”.
Mas como tudo tem o lado negativo, esses grupos podem competir com os já previamente estruturados, por isso a comunicação interna deve se atentar para sua formação, seus integrantes e líderes. E para não tê-los contra a empresa, o departamento responsável pode utilizá-los como mais um meio para transmitir suas mensagens de maneira eficaz, assim como faz a empresa de Olavo: “aqui na agência a galera sempre se mostrou bastante solícita para esclarecer dúvidas ou qualquer questão que por ventura apareça. Isso é muito bacana, porque nós que somos novos na profissão e no local de trabalho ficamos por dentro de tudo do que está se passando só com um bate-papo, sem formalidades, mais viáveis no dia-a-dia”.
Dessa forma vemos que apesar dos prós e contras, os grupos informais existem e não podem ser ignorados dentro de uma organização. As pessoas têm necessidades de compartilhar o que sentem, seja sobre o trabalho ou não, e esses assuntos muitas vezes interferem no desempenho profissional. Assim, é importante que esse tipo de comunicação informal também seja observado e analisado a fim de pautar ações internas mais eficientes.
O Conversando sobre comunicação agradece a contribuição dada pelo profissional Olavo Barros para o tema abordado neste post.
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