quarta-feira, 18 de abril de 2012

“Disse-me-disse” no ambiente corporativo

Por Thairine Teixeira
Seguindo a linha das formas de comunicação informal que podem surgir no universo corporativo de maneira incontrolável, temos mais um assunto sensível a ser abordado: o fuxico, mexerico, ou se preferirem, a tradicional “fofoca”. Esta surge quando existe a interação de pessoas, onde quer que elas estejam inseridas, e pode agravar um contexto caracterizado anteriormente por um simples boato. Por este motivo, o ambiente interno das organizações também sofre com a ameaça dessa “virose”, que parece se multiplicar em larga escala entre seus agentes transmissores.

A fofoca geralmente decorre da dificuldade de aceitação da conduta de alguns colaboradores, da não-receptividade a mudanças internas, do relacionamento entre departamentos distintos e até mesmo da inveja que se gera pelo cargo ocupado por um ou por outro funcionário. “Por que isso está acontecendo com ele e não comigo? O que eu posso fazer para evitar esse reconhecimento que não é do meu trabalho, sendo que eu sou mais engajado?”. E são pensamentos como estes que levam o fofoqueiro a se manifestar e espalhar entre os demais alguns problemas que envolvem outros funcionários, os gestores ou a empresa de maneira geral, tornando aquilo que é dito mais relevante do que qualquer outro fator externo.

Infelizmente, esse tipo de comunicação tem se tornado recorrente nas organizações e gera um constrangimento generalizado, um clima organizacional que não é favorável ao desenvolvimento da empresa e, principalmente, a desenvoltura do profissional. Este último, ao invés de otimizar o seu tempo sendo produtivo, dando contribuições com o seu “know-how” , opta por estimular o desrespeito naquele ambiente. Ao final de tudo, essa postura reflete um egoísmo sem tamanho e também a deficiência em se trabalhar em equipe, uma vez que os resultados que poderiam ser alcançados coletivamente são prejudicados por uma iniciativa única. 

O que fazer então para não se tornar um cúmplice dessas histórias? Simplesmente, ao identificar o fofoqueiro em seu convívio, não dê ouvidos a ele! Mantenha a sua etiqueta corporativa, seja profissional, haja sempre com cautela, ética e respeito com relação aos demais colegas de trabalho. Quanto maior a importância e a atenção que forem dispensadas a cada novo “vírus” que aparece, mais difícil pode ser combatê-lo e tornar-se resistente a ele.

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