quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Redes sociais como ferramenta de comunicação informal

Por Thairine Teixeira

Como continuidade ao tema “Mídias Sociais e Comunicação Informal”, temos no post de hoje a participação do profissional de comunicação e professor Pedro Nogueira, gerente de marketing digital de uma grande seguradora. Ele nos ajudará a conhecer melhor o universo das organizações diante das mídias sociais, vantagens e desvantagens desse processo e claro, qual a melhor maneira de usar as mídias sociais a favor da comunicação interna de uma empresa. 

1) Na sua opinião, qual o grau de aceitação das redes sociais pelas organizações? Por que alguns profissionais de comunicação encontram dificuldades em demonstrar a importância dessas ferramentas para seus respectivos líderes?
Pedro: As redes sociais ainda não emplacaram nas empresas, temos, nós gestores de comunicação, que convencer o board, constantemente, de que as vias sociais podem ser muito ricas ao negócio. O principal desafio é tangibilizar valor, demonstrar o retorno do investimento e permitir que as estratégias sociais sejam convertidas em negócios.

2) Uma organização pode usar a seu favor as mídias sociais, de maneira a fortalecer ou estabelecer seus fluxos de comunicação internos?
Pedro: Isso seria demais, mas creio que seja um tanto utópico para o mercado brasileiro neste momento e surreal para alguns setores da nossa economia . Há casos de agências de comunicação que proíbem o uso do Facebook na empresa, imagine quando falamos de indústrias mais conservadoras. As ferramentas sociais podem e devem ser utilizadas como estratégia para facilitar a comunicação e seus fluxos, porém requer uma maturidade que ainda estamos longe de conseguir, uma maturidade na gestão do negócio, na gestão estratégicas  de pessoas.

3) Qual a melhor maneira de uma organização lidar com a interação entre seus públicos de interesse nas redes sociais?
Pedro: Sem obstáculos, sem barreiras. O melhor diálogo é olho no olho, porque seria diferente nas redes sociais? As redes sociais existem há tempos, muito antes do Orkut (=D). A sociedade já se reúne em redes desde os primórdios, Spector&Libert, no livro "Nós somos mais inteligentes do que eu", aborda o modo eficiente de utilizar o poder dessas redes nos negócios: “O milagre é que, liberando os acessos, os proprietários podem, na verdade, reduzir seus custos, enquanto seus produtos são melhorados, certificado pelos seus criadores voluntários”. Muitos exemplos ratificam a visão acima, do Wikipédia ao Firefox, e evidenciam um caminho sem volta: "A colaboração, por meio da co-criação cria o sentimento de pertencimento e assim um maior engajamento, e portanto, a criação espontânea de embaixadores". Resta alguma dúvida de que esse é um caminho sem volta?

4) Como fazer para evitar ruídos de comunicação (e até mesmo a existência de uma rádio peão online) entre o público interno de uma empresa? 
Pedro: Acredito que a radio peão não sofra impacto das redes sociais digitais, tal rádio é essencialmente off line, é no cafezinho, no corredor ou no almoço. Os ruídos sempre existirão e para que eles diminuam deve-se formalizar os conteúdos por meio de veículos próprios para veiculação da comunicação oficial da empresa, be-á-bá do RP, #rpfeelings.

5) Quais as vantagens e desvantagens das ferramentas de mídia social para as organizações atuais?
Pedro: A maior vantagem é a aproximação com seus públicos ou a possibilidade de conversar de forma quase que imediata. Já a desvantagem é que o teto de vidro da empresa fica mais exposto e vulnerável, qualquer pedrinha poder quebrar anos de construção de imagem e resultar em uma reputação negativa, #ficadica.

O Conversando sobre Comunicação agradece a gentil contribuição do Relações Públicas @pedroOprof no post de hoje. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Guia básico das redes sociais


Por Renata Faila

No post anterior vimos como as redes sociais podem ser importantes nos dias de hoje para as organizações fundamentarem a sua comunicação com seus públicos. Porém, não basta que a empresa crie um perfil em cada rede disponível e não investigue maneiras inteligentes de utilizar essas ferramentas para otimizar seu fluxo de informações. Por isso, abaixo você encontra um guia básico com dicas para se tornar positivamente  relevante em meio à tantas outras organizações. #ficadica
  • Identidade visual: Ao criarmos uma conta em qualquer uma das redes, o primeiro passo é personalizar o espaço com os elementos da identidade visual da organização. A presença do logo é indispensável e as cores institucionais podem servir como plano de fundo. Essa é a forma mais fácil de ser reconhecido pelos seus clientes e futuros clientes.

  • Conteúdo relevante: A empresa deve ter em mente que o conteúdo publicado deve ser relevante para seu público. Claro que deve ser sempre alinhado com os princípios institucionais, porém, é necessário pensar como público, como cliente, quais assuntos poderiam chamar a atenção, ainda que não sejam notícias ou fatos diretamente ligados com o nome da empresa. Você pode encontrar ferramentas como o migre.me para encurtar o link dos artigos e matérias.

  • Periodicidade: As redes sociais funcionam em uma velocidade diferente dos demais veículos tradicionais. A atualização das redes é um ponto de extrema importância. Um perfil que deixa de ser alimentado um único dia já está desatualizado e ultrapassado pelos demais. A periodicidade deve ser estabelecida e respeitada. O recomendado é fazer ao menos 3 posts por dia.

  • Interação: Não pode haver distinção no tratamento prestado aos seguidores em nenhuma rede. Todos os usuários que fizerem algum comentário, curtirem a fan page, compartilharem conteúdo, criticarem ou elogiarem devem ser contatados de alguma forma. É interessante estabelecer algumas regras para evitar problemas. Algumas empresas ao receberem reclamações, optam por entrar em contato de forma privada com o usuário e publicar apenas que o contato foi feito e atualizar o status da solicitação. Cada empresa deve escolher o que for melhor, respeitando sua capacidade de trabalho dependendo de quantas pessoas tem fazendo esse trabalho, mas o importante é estar sempre em contanto, criando relacionamento e mostrando que se preocupa com seus seguidores. 

  • Monitoramento: O monitoramento é outra parte essencial do trabalho. Existem ferramentas disponíveis na internet pagas como por exemplo o radian6, scup ou o seekr. Existem ferramentas gratuitas. Além das agências especializadas, que são responsáveis por todas as etapas descritas acima. É preciso monitorar não apenas o nome da empresa, mas também todas as palavras-chave que possam estar relacionadas com algum produto ou segmento. Também é importante monitorar a concorrência a fim de identificar possíveis oportunidades ou antecipar crises.
Referência:  http://www.desconstruir.com/como-utilizar-o-facebook-e-o-twitter-da-melhor-forma-em-minha-empresa/

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mídias Sociais nas Organizações: Aliadas ou Vilãs?

Por Luisa Petry

As redes sociais conquistaram um grande espaço dentro da vida das sociedades ao redor do mundo. Elas permitem que seus usuários comentem sobre qualquer assunto; criticar, elogiar, criar boatos e sensibilizar massas com correntes ou ações. É fato que hoje, o mundo funciona mais on-line do que off-line.

As redes sociais possuem benefícios como inovação, acesso rápido e fácil, comunicação direta, identidade pessoal, quebra de barreiras hierárquicas e geográficas e tecnologia facilitada. Com esta realidade, as organizações passaram a ser alvos de muito mais críticas pelos seus públicos, que não perdoam mais, nem o menor dos erros. O grau de aparição das crises e boatos cresceu em uma grande escala, obrigando as empresas a tomarem mais cuidado em relação à sua imagem e reputação.
Por outro lado, o contato com elogios também aumentou, pois o ‘feedback’, de uma maneira geral, tornou-se maior, sendo positivo ou negativo. As redes sociais tornaram-se, portanto, uma grande aliada das organizações, por estas terem acesso às opiniões e comentários de seus públicos.


Com isto, hoje em dia, praticamente todas as organizações possuem perfis em redes sociais como Facebook, Twitter, Linked in ou até canais no Youtube, para tornarem-se acessíveis à seus públicos e à sociedade, de maneira mais informal.

Porém, não é só com os públicos externos que as empresas se relacionam através das redes sociais. O público interno também está inserido neste mundo e muitas vezes há chats e blogs corporativos onde eles ficam mais a vontade para expressar suas idéias e opiniões, sendo descobertos, muitas vezes, talentos escondidos.
Contudo, os profissionais devem ser educados para usarem as redes sociais com o melhor posicionamento possível, pois mesmo em suas contas pessoais, são representantes das empresas em que trabalham: “A entrada nas redes sociais tem que ter reflexos no negócio, tem que ser estratégico”, segundo Patrícia Dias, da Faculdade de Ciências Humanas.

Conhecer melhor seus públicos, interno e externo, e ter conhecimento da imagem percebida por eles, ficou muito mais fácil com o auxílio das redes sociais, que se tornaram, de maneira geral, aliadas da comunicação interna.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Bate-papo qualifica funcionários

Por Jéssica Medeiros

Ao longo das discussões em nosso blog, percebemos a importância e diferença que a comunicação informal faz no contexto organizacional. No entanto, às vezes no próprio dia a dia, não conseguimos ver os benefícios que, por exemplo, um simples bate-papo trás aos funcionários.

A conversa descontraída, o bate-papo de corredor e até a parada para o cafezinho são muito importantes dentro de uma organização. São nestes momentos que os funcionários criam vínculos com seus colegas de trabalho, trocam experiências, e principalmente falam o que realmente querem, esperam e estão sentindo a respeito de seu contexto profissional. Ambientes descontraídos, onde a flexibilidade "tem vez", são favoráveis para as pessoas se sentirem mais a vontade umas com as outras, já que não existe uma "pressão" nos relacionamentos interpessoais.

Essa troca de experiências em uma simples conversa pode às vezes ser muito mais eficiente do que um investimento no treinamento de funcionários (não desmerecendo a importância deste último). O fato é que as pessoas aprendem observando o trabalho do próximo com seus erros e acertos. Portanto, nada melhor do que aprender algo por meio de um conselho ou "toque" de um amigo de trabalho ao longo de uma conversa sem represálias.

Os benefícios do bate-papo não são só de funcionário para funcionário, mas também do funcionário para com seus clientes. Uma pessoa que sabe se expressar, que mantém um diálogo mais leve e espontâneo, consegue muitas vezes cativar e capitar mais clientes. Afinal de contas, é muito desagradável conversar com uma pessoa que não nos olha nos olhos, é "fria" e só expõe aquilo que é extremamente necessário.
O bate-papo resumidamente é isso: olho no olho, quebrar o gelo e barreiras para que se possam construir relações.

Desse modo, as organizações devem estar cada vez mais atentas e devem se permitir conviver com a comunicação informal. Lógico que devemos estabelecer diálogos e reuniões mais formais entre os colaboradores quando necessário, mas sem esquecer que a principal carência da humanidade hoje é construir relacionamentos duradouros e que gerem bons frutos. Talvez se as pessoas se deixassem levar por uma boa e leve conversa, os pré-conceitos pudessem ser ultrapassados, facilitando o bom relacionamento organizacional e interpessoal.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Boato e Fofoca: como e por que surgem?

Por Bianca Ferrari

Que deixar seus funcionários sem informações sobre a empresa em que trabalham pode gerar boatos e fofocas a maioria das pessoas já sabe. Mas, e por que eles surgem? 
Para suprir a necessidade humana de saber o que está acontecendo, seria uma das respostas. Dessa forma, se os responsáveis pela comunicação interna dão informações parciais ou não a dão, cria-se a oportunidade para que as pessoas acrescentem dados ou inventem fatos.
Mas além de saber como surgem, os profissionais da área precisam aprender como lidar com essas situações e compreender a fundo o que significa “boato” e “fofoca”. O Professor Dr. Luiz Carlos Iasbeck faz uma análise mais aprofundada e esclarecedora sobre o tema:



Referência: http://www.youtube.com/watch?v=X65lgvcCe1c 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Rádio Peão e a responsabilidade corporativa compartilhada

Por Thairine Teixeira

Como já visto até o momento, a rádio peão pode ser considerada uma grande inimiga das organizações no que se refere à construção de relacionamentos duradouros. No entanto, este é um processo que acontece em maior ou menor grau, a depender dos grupos de pessoas envolvidos, que naturalmente possuem a necessidade de se comunicar em relação a um assunto em comum: o ambiente de trabalho.  

É fundamental ressaltar que, a rádio peão também existe entre profissionais que atuam na alta direção de uma empresa e não somente existe para a grande maioria das pessoas que trabalham neste universo. Portanto, não se sinta “ofendido” se você faz parte deste grupo e/ou contribui para a existência dele; afinal, quem nunca deu ouvidos aos cochichos e novidades em algum momento da vida profissional que atire a primeira pedra, não é?

De qualquer maneira, a comunicação interna de uma empresa deve ser norteada pelo comprometimento dos profissionais que tem a função de reforça-la dia a dia. Muitas vezes, situações desagradáveis no trabalho são resultados de uma carência no direcionamento da mensagem e/ou de uma política clara de gestão do relacionamento.
  
A responsabilidade de todo e qualquer tipo de produção de uma empresa é resultado de um esforço coletivo. Com a comunicação não deve ser diferente, e por isso, ela deve ser compartilhada. Apesar de não ser oficialmente aceita pela empresa, a rádio peão faz parte da comunicação corporativa e os formadores de opinião são muito importantes no alerta ao que deve ser aprimorado naquele ambiente.

Aprimorar a cultura de comunicação de uma empresa não é uma tarefa simples e, além disso, depende de dois fatores centrais para o seu sucesso: um meio eficiente para fazê-la e a disposição dos funcionários em aceita-la.  

Referência: http://www.marceloromano.com.br/radiopeao.php 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Rádio Peão X Comunicados oficiais

Por Renata Faila

Atualmente, o grande desafio das organizações quando pensamos em comunicação interna é descobrir como acalmar os ânimos da famosa rádio-peão. Na maioria dos casos, as organizações se preocupam mais em amenizar as conseqüências dos boatos negativos gerados pela rádio-peão, do que em solucionar as causas reais do problema.

A rádio-peão só age de maneira negativa se houver deficiência na comunicação oficial da empresa. Uma vez que os funcionários são informados frequentemente do que acontece em seu ambiente de trabalho de forma clara e transparente, não sobram lacunas a serem preenchidas com boatos negativos. Na grande maioria dos casos, a rádio-peão vai falar sim, mas sobre os fatos que foram expostos, apenas para reforçar a mensagem que a organização desejava transmitir.

Mais uma vez reforçamos a idéia de que a organização precisa "pensar junto" com os funcionários, pois para fazer uma comunicação eficiente é necessário direcionar as informações a partir do interesse do público, de forma que ele consiga compreender a importância daquilo para si, para o trabalho e para o todo da organização, não se restringindo apenas ao que a direção julga importante. Nesse processo a rádio-peão é importante também, uma vez que transmite as necessidades e os desejos dos funcionários; cabe à organização portanto, filtrar o que chega a ela por esse meio e tentar solucionar da melhor maneira para ambas as partes.

Com profissionais capacitados comandando a comunicação, os resultados da junção da comunicação formal e informal só poderão ser positivos, uma vez que as mensagens receberão reforço por parte dos maiores interessados: os próprios funcionários. Quando estão motivados e bem informados usarão a rádio-peão de maneira saudável para otimizar o seu trabalho, propagando o sentimento de pertencer àquela empresa e tornando o clima organizacional tranquilo.

Referência: http://www.fa7.edu.br/recursos/imagens/File/jornalismo/monografia/2010/Monografia_PDF_REBECCA.pdf

quarta-feira, 18 de julho de 2012

As faces da Rádio-Peão


Por Jéssica Medeiros

A compra ou venda de uma organização, a troca do presidente, demissões, mudanças na política, ou seja, assuntos que envolvem a organização como um todo, se não forem informados corretamente e para as pessoas certas, podem fazer parte das conversas de corredores. Eis que surge a rádio-peão.

Essa forma de comunicação também é chamada de rádio-corredor ou simplesmente fofoca. Para alguns, a rádio-peão é vista com maus olhos, caracterizando-a como algo preocupante dentro de uma empresa e que precisa ser combatida. O fato é, é natural do ser humano querer saber o que está acontecendo e procurar meios para sua segurança. No entanto, devemos distinguir o funcionário que usa a rádio-peão para realmente se informar, uma vez que a empresa onde ele trabalha não tem uma comunicação clara, e desse modo a utiliza para suprir sua necessidade de informação, do que a usa como forma de causar intrigas e murmurinhos. Existe o funcionário mal informado e o mal intencionado.

É por meio destes funcionários mal intencionados que a rádio–peão pode se tornar um veículo disseminador de fofocas e intrigas. Além disso, em ambientes hostis de trabalho, onde as pessoas não se respeitam, não tem espírito de grupo, onde há muita competição e repressão vinda do próprio presidente, com a famosa política do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, a rádio-peão surge como uma forma de revolta e defesa ao mesmo tempo.

No entanto, existem pessoas que acreditam na existência de outra faceta da rádio-peão. Para eles, ela é pura e simplesmente uma forma saudável de se comunicar informalmente. Uma forma de expressão descontraída que deixa de lado as hierarquias, aproximando muito mais as pessoas. Sendo assim, a rádio-peão deixa de ser sinônimo de falta de informação, para se vincular à liberdade de expressão.

A rádio-peão está presente em todas as empresas, em algumas como forma de complemento de informação e em outras como forma de fofoca. O fato é, não devemos lutar contra ela, mas sim, pensar na rádio-peão como parceira da comunicação. Tornando-a parceira juntamente com os funcionários, construímos uma empresa saudável e transparente.


Referência: http://www.rhcentral.com.br/pen/pen.asp?cod_materia=1281

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Como se comunicar melhor?

Por Luisa Petry


Como citado no vídeo acima, os elementos essenciais, para nos comunicarmos bem, são postura, ideias organizadas, olhar concentrado, ouvir com atenção, falar com clareza e gestos adequados. Podemos destacar a postura e os gestos como elementos importantes na comunicação informal dentro das organizações.

A linguagem corporal, como já foi dito anteriormente neste blog, pode revelar muito sobre o nosso comportamento e a nossa personalidade, através das “mensagens não verbais” que o corpo envia de maneira inconsciente às pessoas ao nosso redor, abrangendo desde a nossa postura, até o jeito de nos vestir.

A postura torna-se elemento fundamental da imagem que a organização pretende passar para seus públicos. O modo de agir e de se portar em determinadas situações, fazem as pessoas concluírem o tipo de empresa com quem estão lidando e inconscientemente, vai se formando a reputação da organização.

Os gestos devem ser complementares a fala, e não sobreporem-se a ela. Deve-se moderar a movimentação corporal, tomando cuidado para que não seja desordenada.

A comunicação corporal, muitas vezes despercebida, é parte fundamental da comunicação, como foi dito no vídeo, sendo tão importante quanto as ideias, a atenção e a clareza. Desta maneira, devemos reeducar os colaboradores, para que tenham em mente estes conceitos e os utilizem em seu dia a dia.

Referências: http://www.youtube.com

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Grupos Informais na Comunicação

Por Bianca Ferrari

Dentro das organizações há equipes constituídas por pessoas e cargos definidos, estabelecidos formalmente em organogramas. Mas fora desse círculo de amizades, há também as pessoas que formam grupos “devido, principalmente, à afinidade e interesses em comum”, como diz Olavo Barros, estagiário de mídias sociais de uma grande agência de comunicação. A partir de então se formam os chamados grupos informais.

Esse tipo de grupo não se restringe ao ambiente de trabalho e por isso pode ser difícil detectá-los, como descreve Olavo, “por mais que a gente evite (eu pelo menos evito o quanto posso) falar de trabalho fora da agência, é impossível separar as coisas totalmente. Somos amigos/companheiros de balada ao mesmo tempo em que somos colegas de trabalho.”, mas  eles podem auxiliar no contexto formal da comunicação, “vamos conhecendo as pessoas e percebendo também por esses encontros informais como elas são, o que torna esse processo prazeroso, divertido e que se mostra, muitas vezes, bastante eficiente para que algumas decisões sejam tomadas.”. Por isso os grupos não devem ser evitados e a comunicação interna deve acompanhar sua movimentação.

Essa formação também ajuda na recepção e integração de novos funcionários, “como entrei na agência esse ano, acabei me aproximando do pessoal mais novo também para conversar e trocar experiências sobre o fato de ser iniciante, compartilhando expectativas e até receios sobre a profissão e o trabalho”.

Mas como tudo tem o lado negativo, esses grupos podem competir com os já previamente estruturados, por isso a comunicação interna deve se atentar para sua formação, seus integrantes e líderes. E para não tê-los contra a empresa, o departamento responsável pode utilizá-los como mais um meio para transmitir suas mensagens de maneira eficaz, assim como faz a empresa de Olavo: “aqui na agência a galera sempre se mostrou bastante solícita para esclarecer dúvidas ou qualquer questão que por ventura apareça. Isso é muito bacana, porque nós que somos novos na profissão e no local de trabalho ficamos por dentro de tudo do que está se passando só com um bate-papo, sem formalidades, mais viáveis no dia-a-dia”.

Dessa forma vemos que apesar dos prós e contras, os grupos informais existem e não podem ser ignorados dentro de uma organização. As pessoas têm necessidades de compartilhar o que sentem, seja sobre o trabalho ou não, e esses assuntos muitas vezes interferem no desempenho profissional. Assim, é importante que esse tipo de comunicação informal também seja observado e analisado a fim de pautar ações internas mais eficientes.

O Conversando sobre comunicação agradece a contribuição dada pelo profissional Olavo Barros para o tema abordado neste post.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A gestão do conhecimento nas organizações

Por Thairine Teixeira

Como visto nos posts anteriores, as redes informais nas organizações constituem estruturas capazes de responder, de maneira eficaz, aos problemas imprevistos, dada sua natureza altamente adaptativa, e também se caracterizam como instrumentos importantes ao enfrentamento dos desafios associados à sociedade da informação que formamos atualmente. 
  
No entanto, independentemente da dinâmica de uma organização, as redes humanas de relacionamento são centrais para a disseminação de informações no ambiente interno. Segundo Tonia Marta Barbosa Macedo: “(...) Estudos sobre decisões gerenciais mostram que, a maioria das informações que um funcionário recebe em seu dia a dia de trabalho, vem do contato humano direto com outras pessoas; o que comprova que este ainda é o meio mais rápido e eficiente de se procurar e acessar informações, superando os problemas comuns de overload e agregando-lhes valor, mediante o compartilhamento dos conteúdos e contextos dos conhecimentos necessários à decisão.”

Esses fatores recebem ainda, um maior reforço quando relacionados com a aproximação de pessoas por meio da internet e das novas tecnologias. No entanto, segundo a mesma autora, para esta relação existem duas vertentes que se complementam: “(...) por um lado, redimensiona a relação face a face pelo peso das variáveis tecnológicas, por outro, confirma a importância das mídias “ricas” de comunicação e, portanto, das relações informais que os sujeitos estabelecem entre si – ainda que, em alguns casos, mediadas por suportes tecnológicos apropriados.”

A utilização dos meios de comunicação de qualquer natureza permite não só o repasse de informações, como também, o compartilhamento de idéias e experiências pessoais, que contribuem e influenciam na tomada de decisão.

De maneira geral, essas relações informais incorporam alguns atributos essenciais, como confiança e credibilidade e são úteis nesse universo organizacional, onde o conhecimento e a expertise estão, muitas vezes, dispersos. As contribuições de cada indivíduo para o aprendizado organizacional ultrapassam barreiras e otimizam processos de inovação nos negócios, quando disseminadas pelos meios mais eficientes e por profissionais igualmente capacitados.

Referência: Tonia Marta Barbosa Macedo - REDES INFORMAIS NAS ORGANIZAÇÕES: A CO-GESTÃO DO CONHECIMENTO

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Bate Papo Informal - Valéria Lopes

Por Jéssica Medeiros

No bate papo desta semana conversamos com a profissional Valéria de Siqueira Castro Lopes, professora da Faculdade Cásper Líbero, responsável pela disciplina "Pesquisa de Opinião e de Mercado", que nos mostra como esse instrumento de Relações Públicas está presente na comunicação informal.

Conversando sobre comunicação: É muito difícil em uma primeira pesquisa identificar quanto os funcionários estão alinhados à cultura organizacional?
Valéria Lopes: Não, se essa pesquisa tiver sido bem elaborada, se esse questionário de fato contemplar todos os aspectos de cultura que são relevantes, que precisam ser identificados, você consegue. Imagino que não haja nenhum problema em uma primeira pesquisa a ponto de você falar: " não consegui obter essas informações".

Conversando sobre comunicação: Quais os meios informais de coleta de dados em uma pesquisa de clima organizacional?

Valéria Lopes: Pesquisa tem que ser formal, metodologicamente construída, com procedimentos pré-estabelecidos. O que podemos fazer é uma sondagem, conversar informalmente com as pessoas e com essa sondagem, tirar algumas informações prévias que podem orientar na elaboração do questionário em uma pesquisa quantitativa, sendo aplicada aos demais colaboradores. É possível que se faça uma sondagem, mas não é o mais adequado. Se você não tem informação alguma, o ideal é que você faça primeiro uma qualitativa, que vai ser conduzida obviamente da mesma maneira, conversando, mas de forma mais estruturada, que você tem um projeto por trás, que entra a coleta de dados, então o resultado é mais assertivo.

Conversando sobre comunicação: Como a comunicação informal pode ajudar a melhorar o clima dentro da organização?
Valéria Lopes: A gente sempre associa comunicação informal ao negativo, à rádio peão por exemplo. Mas, acho que a comunicação informal, se for bem trabalhada, pode ajudar o clima na medida em que propicia a aproximação das pessoas, quebra barreiras, traz um ambiente agradável de trabalho. O único problema é quando você tem que trabalhar comunicação informal para outros propósitos que não seja motivação. Se for pensar em disseminação de informação ela já não é tão adequada, nesse caso precisamos de canais formais mais estruturados para isso. Se for no sentido de criar um sentimento de pertencer, no trabalho de motivação, de engajamento dos colaboradores, acredito que a comunicação informal pode ser bastante útil.

Conversando sobre comunicação: Qual o grau de dificuldade para identificar os problemas de uma organização com comunicação interna pouco estruturada?
Valéria Lopes: Acho que não é difícil você identificar o problema de comunicação interna numa empresa. Na verdade, eles são facilmente identificados já no briefing. No primeiro contato com o cliente a gente consegue perceber isso. Aí a pesquisa vai ser obviamente bastante importante, porque ela vai trazer a percepção do funcionário, que é o outro lado desse processo, dessa relação. Não vejo como algo difícil de identificar, a pesquisa consegue trazer essas informações facilmente.

Conversando sobre comunicação: Você acredita que em uma entrevista em profundidade com um líder informal é possível captar mais informações?
Valéria Lopes: Vai depender muito, porque a princípio você pode imaginar que por ser um líder formal, por estar numa linha de comando, ocupar um cargo, ter responsabilidades, ele se sente um pouco constrangido de falar determinadas coisas. Ele representa a organização, tem que zelar por essa representação dele. No entanto, você pode ter um líder informal também muito constrangido em falar determinadas coisas, pois ele pode se sentir ameaçado, por mais que ele tenha a liderança do grupo, pode não querer se expor. Isso é muito relativo, acho que a pesquisa tem que garantir de fato o anonimato. Se tanto um quanto o outro tiver a certeza de que as informações que ele está disponibilizando não vão ser associadas a ele como fonte, se ele não for identificado como a fonte daquelas informações, tanto um quanto o outro tem chance de trazer informações bastante ricas para construir o cenário.

O Conversando sobre comunicação agradece a contribuição dada pela profissional Valéria Lopes para o tema abordado neste post.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Bate Papo com um líder informal

Por Renata Faila

No bate papo desta semana conversamos com Rafael Freire, que há três anos ocupa o cargo de atendimento sênior da área Digital de uma agência de comunicação. É considerado um líder informal pelos colegas de trabalho e nos conta um pouco de como foi o processo para se tornar um líder e quais são as suas responsabilidades nessa “função extra”.

Man Standing Out From The CrowdConversando sobre Comunicação:
Como você foi eleito líder informal na empresa?
Rafael: Acredito que o tempo de casa na empresa ajudou bastante nisso. Conhecer mais os processos e funcionamento e ser solícito para ajudar os mais novos acaba tornando você uma referência nesse sentido. Tem seu lado bom e também seu lado ruim, já que você é procurado pros mais diversos assuntos, desde coisas estratégicas até para saber quem é o responsável por trocar uma lâmpada. É interessante pra dar uma visão mais ampla, já que você acaba discutindo sobre os mais diversos temas tanto com pessoas que acabaram de entrar e estão com uma mente mais fresca quanto com aqueles mais experientes que tem muita coisa pra ensinar.

Conversando sobre Comunicação: Você gosta dessa função?
Rafael: É uma experiência interessante. Você tem que ter bom senso pra dar conselhos, pensar duas vezes antes de fazer/dizer algumas coisas. Porque estando nessa posição você é exemplo para o bem, mas dependendo dos seus atos, é bem simples se tornar exemplo para o mal também (já vivi os dois lados). Ser líder informal é basicamente um exemplo de confiança, tanto das pessoas que confiam em você quanto da confiança que você tem em você mesmo para exercer esse cargo informal.

Conversando sobre Comunicação: Quais as responsabilidades desse papel?
Rafael: Basicamente é um papel instrutivo e de apoio. Você usa a sua experiência para identificar oportunidades e potencialidades. Às vezes você corre o risco de perder grandes oportunidades e desperdiçar a potencialidade de grandes profissionais por simplesmente não escutar. É um papel interessante, já que você não carrega todas as responsabilidades, logo consegue ter uma visão diferenciada e ampla daquilo que passa despercebido pelo gestor.

Conversando sobre Comunicação: O que não gosta?
Rafael: Muita gente confunde com apenas bater papo. Acha que você está só conversando com as pessoas. Acredito que a percepção sobre o outro e suas expectativas e potencialidade podem ser descobertas nos menores detalhes.

Conversando sobre Comunicação: Consegue representatividade perante a alta direção?
Rafael: Essa é uma das obrigações informais. Você tem a percepção de muita coisa e não pode deixar elas paradas em você. É importante ter cuidado também para não ser um leva e traz, trabalhar apenas com informações concretas e percepções e achados do dia a dia. É uma experiência interessante, mas sem o devido cuidado pode ser mal interpretada.

Nosso entrevistado nos mostra como o líder informal pode auxiliar os colegas e os gestores de forma saudável e harmônica, consciente de seu papel dentro da organização.

O Conversando sobre comunicação agradece a contribuição dada pelo profissional Rafael Freire para o tema abordado neste post.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A comunicação informal na formação da cultura das organizações

Por Luisa Petry

A cultura organizacional é formada pelo conjunto de valores, princípios, crenças, políticas e hábitos adotados por sua empresa. Todos seus colaboradores devem segui-la como norte, como guia de seu trabalho diário. A cultura dominante tem uma visão macro da organização e trata de valores centrais a serem considerados no desenvolvimento de atividades e/ou prestação de serviços. A existência de padrões, modelos e normas, permite a interação de pessoas e é necessária quando há objetivos comuns a serem alcançados.

No entanto, existem também as subculturas, que podem estar relacionadas umas com as outras ou concorrerem entre si no ambiente corporativo. Nestas subculturas, são incluídos valores particulares de um grupo, equipe ou departamento, que não podem fugir à regra dos valores centrais da empresa. A cultura faz parte da essência da organização, é um elemento característico dela. Alterá-la não é tarefa fácil, uma vez que, além das culturas serem geralmente fortes e enraizadas, elas provocam transformações muito profundas no ambiente e nas pessoas. 

A cultura ajuda na resolução de problemas internos, diminuição de conflitos e diferenças, faz o controle da gestão e desenvolve uma imagem positiva da organização. A única desvantagem que uma cultura organizacional pode trazer é impedir, de alguma forma, que a empresa avance, sendo inflexível a mudanças e diversidades que surgirem.

E onde está a comunicação informal nisso tudo? Simples: é por meio das redes informais de comunicação que são expressos os sentimentos do público interno e, por isto, essa rede deve ser considerada como parte da cultura organizacional. A informalidade não é controlada pela administração e tem mais credibilidade perante os colaboradores do que os comunicados formais emitidos pela alta gestão. Ela ajuda as pessoas a ficarem unidas, a desabafarem, a transmitirem preocupações e a preencher vazios no sistema de comunicação formal. Por isso, a comunicação informal pode ser considerada como um processo coletivo de produção de sentidos, que é uma das características de formação da cultura, e não apenas como um sistema de informações a serem ignoradas. 

Para Marchiori, "(...) a cultura se forma através dos grupos e da personalidade da organização. Os grupos se relacionam, desenvolvendo formas de agir e ser, que vão sendo incorporadas por todos. A partir do momento que várias pessoas passam a agir de maneira ‘coletiva’, automaticamente a cultura está enraizada e incorporada".

Este relacionamento se deve, principalmente, pela notoriedade da comunicação informal feita por estes grupos dentro das organizações.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Liderança Informal

Por Bianca Ferrari

Muito comumente as organizações se preocupam em manter um canal direto de comunicação com os gestores de cada área, para que eles transmitam a seus funcionários as informações corretas e no tom que a empresa deseja informar. Mas não se pode esquecer os líderes informais, um grupo importantíssimo com quem se deve manter um diálogo simétrico de mão dupla. 

O líder informal é uma pessoa comum, que atrai naturalmente para si responsabilidades de aconselhar, orientar, ouvir, ler, analisar e até mesmo dar a palavra final a respeito de determinado assunto. Seus colegas de trabalho o admiram, confiam e, conseqüentemente, aumentam sua credibilidade. Geralmente esta personalidade é eleita por ter competências técnicas extraordinárias, conhecimento, inteligência, comportamento ético, autenticidade e acima de tudo ótimo relacionamento interpessoal que o leva a transitar tranquilamente entre os mais diversos setores.

O respeito que ele conquista provem também de sua capacidade de manter o espírito de coletividade, o que o aproxima mais dos funcionários. Muitos líderes formais não têm um contato direto com seus subordinados, pois estão inseridos em um cenário mais burocrático, de risco, em que o funcionário teme dizer tudo o que pensa ou não tem coragem de pedir uma opinião com medo de que seus erros possam ser apontados e utilizados contra ele. Já a liderança informal faz parte de uma atmosfera mais descontraída e amigável em que as pessoas o reconhecem por si só, sem nomeações oficiais. 

Devido ao seu alto poder de mobilização e facilidade comunicacional, as organizações devem mapear esses influenciadores e traçar estratégias para tê-los como aliados da comunicação interna. Um líder informal bem amparado comunica com facilidade e leva ao departamento de comunicação as informações necessárias para um bom planejamento de ações.  É importante que a organização os ouça e respeite, sem necessariamente querer transformá-lo em um líder formal, o que pode gerar até um efeito de rejeição perante o público que se reúne em volta dele.

Dessa forma, evidencia-se como a “informalidade” é importante e deve ser levada em consideração para que a comunicação interna de uma empresa seja eficiente, alcançando todos os públicos desejados.

Referência: http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-academica/comunicacao-informal/51/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Comunicação Informal: não lute contra, junte-se a ela!

Por Thairine Teixeira

Como vimos nos posts anteriores, a comunicação informal muitas vezes é julgada por sobressaltar no ambiente organizacional algumas dificuldades de trabalho ou de relacionamento entre os colaboradores. No entanto, é essencial que esta forma de comunicação seja vista também como benéfica à organização, uma vez que contribui para a melhoria e para o fortalecimento das relações com o público interno. Ela possibilita o conhecimento do perfil de cada um dos colaboradores e identifica suas competências, suas habilidades (técnicas ou intelectuais) e suas atitudes naquele ambiente.

Neste cenário, portanto, as organizações são, acima de tudo, redes complexas de relacionamento entre processos e pessoas, que estão sujeitas a um processo contínuo de mudança, já que vários fatores externos podem influenciar o seu posicionamento. Mas, ainda que o macroambiente tenha forças atuantes nos planos e processos corporativos, o grande diferencial a ser destacado são os agentes que conduzem uma dada organização à busca por resultados tangíveis. 

Sob esta perspectiva, a comunicação informal é motivada pela ansiedade de cada um desses agentes em suprir sua “carência” informacional do cenário que ele está inserido. Como nós bem sabemos, é inerente ao homem do século XXI, impulsionador do que hoje conhecemos como Web 2.0, produzir uma grande quantidade de informações quase que instantaneamente em seu dia a dia, ainda que elas tenham chance de não ser tão representativas para as outras pessoas ou que não sejam verdades.

Segundo o livro "Planejamento de Relações Públicas na Comunicação integrada", da autora Margarida Kunsch: "a comunicação informal nasce da necessidade das pessoas conseguirem informações sobre a organização que, muitas vezes, não é suprida pelos canais formais e faz com que elas procurem meios alternativos. Além dos famosos boatos e rumores, “a conversa, a livre expressão do pensamento, as manifestações dos trabalhadores sem o controle da direção administrativa são algumas expressões da rede informal, insertas no convívio natural das pessoas e dos grupos” (KUNSCH, p. 84).

Tendo isso em vista, os colaboradores da empresa devem identificar na figura do líder ou do gestor, a maneira mais correta de direcionar as informações produzidas, a fim de traçar um objetivo em comum a favor da organização, ainda que para isso a atuação desse líder tenha que ser segmentada em subgrupos. Dessa forma, as redes informais de comunicação podem caminhar alinhadas para a solução de problemas internos, minimizando impactos na solidez da organização frente ao seu mercado.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os Conselhos Internos de Comunicação

Por Renata Faila

Ao estudarmos a comunicação informal e a comunicação interna não nos resta dúvida de que a rádio peão deveria ser uma prática menos recorrente nas empresas e, também que por meio dela, grandes crises podem surgir. Porém, os teóricos que me desculpem, mas é praticamente impossível apontar uma empresa que tenha eliminado esse hábito de forma definitiva. Até porque, podemos verificar que em muitos lugares a rádio peão não funciona somente para o mal, mas é utilizada sempre que necessário, por ser o único meio que os funcionários encontram para se comunicar.

Como então resolver este problema?
Uma das formas mais eficientes para aproximar a comunicação informal e a organização é o chamado “Conselho de Comunicação”.

O Departamento de Comunicação normalmente é a área responsável pela criação do Conselho, de forma a garantir o alinhamento do planejamento das ações, com os objetivos da organização e claro, com a sua cultura. A primeira iniciativa para sua formação é a escolha dos membros, ou seja, dos Conselheiros. O ideal é que cada área ou departamento tenha um representante escolhido, seja por meio de uma eleição ou pela indicação de seus gestores.

Este representante deve ser proativo e engajado com as necessidades de sua área, além de entender que sua missão não é representar apenas os próprios interesses, mas sempre (e principalmente) pensar no todo. Essa costuma ser a parte mais difícil, por isso todos os membros devem receber um bom treinamento para que a ideia possa ser levada adiante com sucesso, tal qual foi estruturada.

O Conselho de Comunicação é uma espécie de fórum, no qual os funcionários membros têm a possibilidade de expressar suas preocupações, dúvidas ou sugestões e também dos profissionais de comunicação repassarem a todas as áreas as informações corretas, envolvendo todos os representantes no processo da tomada de decisão e deixando os funcionários sempre atualizados, umas vez que os conselheiros devem repassar a informação. É importante ressaltar que as reuniões de Conselho não são um momento de reclamações, portanto os responsáveis devem orientar quem deve ser contatado para que se possa melhorar o cenário, sem deixar tais insatisfações pelos nos corredores da empresa.

É por meio deste Conselho que o departamento de comunicação vai reconhecer as dificuldades do trabalho e sugestões dos colaboradores, para poder filtrar quais problemas são da alçada dos comunicadores e quais devem ser endereçados aos departamentos correspondentes, até que cheguem a uma solução. Este é um ponto muito importante: a equipe de comunicação não deve interferir naquilo que não lhe diz respeito, porque isso pode fomentar a criação de inimizade com as demais áreas, além de ser uma forma de prevenção que o Conselho perca força e credibilidade.

Uma vez que um bom trabalho é “feito”, recebendo o devido apoio e feedback da alta gestão, o Conselho ganha representatividade efetiva perante a organização e o processo comunicacional passa a fluir naturalmente, contribuindo para eliminar boa parte dos problemas gerados pela rádio peão, fofocas ou outras formas possíveis de comunicação no contexto da informalidade.

Referências: Aula de comunicação interna da Profa Viviane Mansi. 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A comunicação informal usada de maneira inteligente

Por Luisa Petry

Atualmente, os “olhos” das organizações estão muito voltados aos seus funcionários, pois os processos, o bom relacionamento e o alcance dos objetivos da empresa dependem do trabalho de cada um. Fica cada vez mais nítido que elas estão interessadas em motivar e capacitar equipes, além de estarem atentas aos desejos, opiniões e ideias de seus colaboradores. Houve um processo de conscientização de que todos esses aspectos também influenciam seus resultados financeiros e principalmente, a consolidação de sua imagem e reputação frente aos seus públicos de interesse.

Por estes motivos, a comunicação informal tornou-se relevante dentro das organizações. Geralmente, ela era subestimada pelas pessoas, vista com maus olhos e existia uma convicção que ela deveria ser evitada de qualquer modo. No entanto, com ressalva aos boatos e fofocas, percebeu-se que esse tipo de comunicação pode ser um sinalizador da necessidade de um melhor conhecimento do que pensam os colaboradores. Sem ela, o processo de comunicação fica fragilizado.

Muitas vezes, aquela conversa "inocente" na hora do cafezinho, pode ser o momento de maior manifestação das angústias encontradas no dia a dia do trabalho, além de opiniões sobre as necessidades da empresa, que poderiam ser mediadas por um líder disposto a "abraçar a causa" e claro, melhora-la. São momentos e informações ricas para a organização, que poderiam posiciona-la a uma mudança benéfica a todos os envolvidos.

    

A comunicação informal já faz parte do processo de  gestão de uma empresa. Momentos que favorecem conversas informais, onde todos estão em igual situação (como almoços, confraternizações, aniversários, happy hours, ...), podem incitar raras manifestações a respeito de determinado assunto que dificilmente apareceriam em conversas formais  em um ambiente de trabalho. Na maioria das vezes, os líderes não estão preparados para analisar e enfrentar esses fatores, e esquecem que isso pode influenciar na produtividade e nas tomadas de decisão.

Deve-se destacar também a importância das informações atuais e ainda não documentadas, comunicadas de maneira interpessoal e visual, as quais os líderes devem estar atentos, pois possuem detalhes sutis e quase imperceptíveis, que podem dizer muito. É por isso que, a comunicação informal também nos auxilia na visão do clima organizacional e na reação de seus colaboradores à possíveis mudanças.

Eis a grande vantagem deste tipo de comunicação em relação a comunicação formal: a diminuição dos obstáculos encontrados nas relações possibilita uma maior franqueza na troca de informação, tornando os relacionamentos mais estreitos e auxiliando na proposição de soluções e principalmente, na confiança de que determinada situação pode ser melhorada se tiver o engajamento de todas as partes. Em suma, isso pode explicar sua força.

A comunicação informal contudo, já é considerada uma ferramenta fundamental na gestão administrativa das organizações, e ao contrário do que muitos pensavam, não deve ser "abafada com panos quentes" ou  em outros casos extinta, mas sim utilizada em benefício da organização e do bem estar de seus colaboradores.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Criatividade e motivação no ambiente de trabalho

Por Jéssica Medeiros

O ambiente de trabalho pode dizer muito sobre uma organização. Se o ambiente é sério e formal demais, é provável que as pessoas que ali trabalham não estejam muito confortáveis, no entanto, um escritório, colorido, arejado e claro, é constituído por profissionais mais alegres, motivados e comunicativos. A partir disso, podemos relacionar a qualidade e motivação dos ambientes de trabalho com a comunicação informal dentro das organizações.

Dependendo da cultura da empresa, o ambiente corporativo pode ser menos ou mais divertido. Porém, independentemente da área de atuação da organização, climas mais descontraídos são necessários para permitir a manifestação de ideias, muitas vezes proveitosas, que em um ambiente mais formal sequer seriam pronunciadas. Prova disso são os famosos brainstorms realizados pelos profissionais quando precisam de ideias inovadoras. Em um clima mais descontraído em que vale falar tudo sem ser julgado e onde qualquer insight pode ser valioso, a criatividade flui sem esforço.


Um exemplo de empresa, que une todos esses atributos (ser sinônimo de criatividade e inovação, possuir um ambiente/clima organizacional bem descontraído e informal) é o Google. Seus escritórios são coloridos, divertidos, possuem salas de jogos com vídeo games, mesa de bilhar, patinetes e outros eletrônicos que estimulam seus colaboradores no desenvolvimento de suas atividades.

Esse caráter livre, não submetido às regras e normas ditatoriais oriundas da alta administração, nasce espontaneamente da convivência grupal, do diálogo e troca entre os participantes. Por isso, deixar o clima organizacional mais divertido não significa esquecer que é preciso atingir resultados, não é deixar de lado a seriedade e o compromisso que é assumido com a empresa e seus clientes. É simplesmente deixar a criatividade fluir no momento oportuno!
O próprio Google comprova que as melhores ideias e invenções de seus funcionários ocorrem nesses momentos descontraídos. Nos 10% de tempo que eles têm para fazer o que realmente querem, os funcionários produzem mais do que nos 90% restantes, que ficam em suas mesas na frente de um computador. Em suma, uma empresa deve analisar cuidadosamente os benefícios que pode ter ao assumir um viés mais informal, um líder mais espirituoso, uma equipe mais entrosada, um ambiente menos sisudo.

Como já temos visto no decorrer das publicações, a comunicação informal é inevitável. Os indivíduos agregam uns aos outros ao formarem grupos, e por isso devem usar da comunicação como ferramenta em prol da organização, uma vez que a informalidade costuma revelar o que está implícito nas relações. Sem esse sistema, tornar-se-ia impraticável o desenvolvimento do espírito de equipe, das motivações e da identificação pessoal com a empresa.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Bate papo Informal

Por Bianca Ferrari

No bate papo desta semana o Coordenador e Professor do curso de Relações Públicas da Faculdade Cásper Líbero, Luiz Alberto de Farias, nos ajuda a compreender melhor um tipo de comunicação informal: a fofoca no ambiente corporativo.

Conversando sobre Comunicação: Qual o cenário organizacional propício para o surgimento da fofoca?
Luiz Alberto: Ao contrário do que se poderia imaginar, a fofoca não é necessariamente resultante de ambientes, mas de cenários e de pré-disposições. Não é somente em espaços de dúvida, de hesitação que ela surge. Também pode haver em contraposição a uma proposta informativa e dialógica, porque é reflexo de intertextualidades a partir do posicionamento psicológico mal intencionado de algumas pessoas. Assim, qualquer ambiente pode ter a ação da fofoca, que tende a ser minimizada e combatida, ou vice-versa, em organizações nas quais a comunicação clara e transparente possa ser um lenitivo à má fé.

Conversando sobre Comunicação: A fofoca é sempre uma comunicação informal negativa?
Luiz Alberto: O conceito de fofoca é, a priori, negativo, porque se serve da especulação e disseminação de informações com má intenção, seja de desconstrução de cenário, seja para provocar a dúvida. Então, esse elemento, a fofoca, é sempre ruim, diferentemente do boato, que pode ter uma relação de causa e efeito que o explique, mesmo que não o justifique.

Conversando sobre Comunicação: Quais métodos podem ser utilizados para colocar fim a esse tipo de comunicação?
Luiz Alberto: Fofoca se extermina na origem: confrontação do emissor mal intencionado com o próprio objeto disseminado. Deve-se trazer o assunto à tona e esclarecê-lo, estressá-lo, até que perca o potencial de geração de curiosidade e de multiplicação.

Conversando sobre Comunicação: Quando um funcionário é vítima de uma fofoca, como a organização pode ajudá-lo?
Luiz Alberto: Toda organização deve ter claro para si, de forma escrita ou não, um princípio ético, um código de conduta, e isso deve pautar a ação em defesa a uma pessoa que seja vitimada, assim como deve tomar atitudes contra o elemento que tenha gerado o problema. Em alguns casos a ação deve ser até mesmo judicial, de modo a responsabilizar as pessoas que se utilizam da informação como arma destrutiva.

Conversando sobre Comunicação: Você já vivenciou alguma crise organizacional motivada por uma fofoca? Poderia citar, em linhas gerais, um exemplo?
Luiz Alberto: A fofoca pode ser confundida com boatos. Eu, é claro, já estive em muitos ambientes nos quais isso ocorreu. A premissa é que o combate a isso melhor se dá quando o assunto é debatido – mesmo sendo, eventualmente, gerador de desconforto – e esgotado, de molde a não restar possíveis desdobramentos. Hoje, com as mídias sociais à disposição de um sem-número de pessoas o risco e o prejuízo podem ser maiores, mas nem sempre deve-se utilizar o mesmo canal para responder, porque por vezes isso alimenta a disseminação das “interpretações livres” e da ampliação do debate vazio.

Esse bate papo nos ajuda a perceber que a fofoca é na maioria das vezes prejudicial à organização e deve ser combatida assim que se tem consciência de sua disseminação. Para acabar com uma fofoca, a empresa deve se dirigir ao seu público interno e esclarecer os fatos, tirando todas as possíveis dúvidas sobre o assunto. Ignorar uma fofoca acreditando que o tema vai esfriar e o assunto não terá repercussão é um grande erro que pode, eventualmente, levar a grandes crises. Dessa forma, os profissionais de relações públicas devem se atentar aos funcionários e ter a sensibilidade de perceber esse tipo de comunicação informal em seu ambiente corporativo, a fim de manter o clima organizacional sempre o melhor e mais saudável possível.

O Conversando sobre comunicação agradece a contribuição dada pelo profissional Luiz Alberto de Farias para o tema abordado neste post.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

“Disse-me-disse” no ambiente corporativo

Por Thairine Teixeira
Seguindo a linha das formas de comunicação informal que podem surgir no universo corporativo de maneira incontrolável, temos mais um assunto sensível a ser abordado: o fuxico, mexerico, ou se preferirem, a tradicional “fofoca”. Esta surge quando existe a interação de pessoas, onde quer que elas estejam inseridas, e pode agravar um contexto caracterizado anteriormente por um simples boato. Por este motivo, o ambiente interno das organizações também sofre com a ameaça dessa “virose”, que parece se multiplicar em larga escala entre seus agentes transmissores.

A fofoca geralmente decorre da dificuldade de aceitação da conduta de alguns colaboradores, da não-receptividade a mudanças internas, do relacionamento entre departamentos distintos e até mesmo da inveja que se gera pelo cargo ocupado por um ou por outro funcionário. “Por que isso está acontecendo com ele e não comigo? O que eu posso fazer para evitar esse reconhecimento que não é do meu trabalho, sendo que eu sou mais engajado?”. E são pensamentos como estes que levam o fofoqueiro a se manifestar e espalhar entre os demais alguns problemas que envolvem outros funcionários, os gestores ou a empresa de maneira geral, tornando aquilo que é dito mais relevante do que qualquer outro fator externo.

Infelizmente, esse tipo de comunicação tem se tornado recorrente nas organizações e gera um constrangimento generalizado, um clima organizacional que não é favorável ao desenvolvimento da empresa e, principalmente, a desenvoltura do profissional. Este último, ao invés de otimizar o seu tempo sendo produtivo, dando contribuições com o seu “know-how” , opta por estimular o desrespeito naquele ambiente. Ao final de tudo, essa postura reflete um egoísmo sem tamanho e também a deficiência em se trabalhar em equipe, uma vez que os resultados que poderiam ser alcançados coletivamente são prejudicados por uma iniciativa única. 

O que fazer então para não se tornar um cúmplice dessas histórias? Simplesmente, ao identificar o fofoqueiro em seu convívio, não dê ouvidos a ele! Mantenha a sua etiqueta corporativa, seja profissional, haja sempre com cautela, ética e respeito com relação aos demais colegas de trabalho. Quanto maior a importância e a atenção que forem dispensadas a cada novo “vírus” que aparece, mais difícil pode ser combatê-lo e tornar-se resistente a ele.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Bate papo informal

Por Renata Faila

No post de hoje estreiamos nossa sessão interativa com profissionais de algumas instituições que vivenciam a comunicação informal no ambiente corporativo e precisam reverter os impactos desta diariamente. A entrevistada de hoje é a Rejane Cunha, responsável pela área de Recursos Humanos na função de gerente, sendo experiente na área de gestão de pessoas porque tem passagem por grandes empresas do mercado.

Conversando sobre comunicação: Qual a importância da comunicação informal nas organizações?
Rejane Cunha: Vejo como sinal de vitalidade e de interação entre os funcionários. Porém, quando o profissional utiliza os meios sociais para fins negativos a velocidade do “estrago” é muito maior.

Conversando sobre comunicação: Qual o principal desafio no gerenciamento dessa comunicação?
Rejane: Ter as políticas definidas e divulgadas para utilização da comunicação informal, principalmente das mídias sociais. As regras precisam ser claras. 

Conversando sobre comunicação: Como identificar os líderes informais e como agir com eles?
Rejane: O primeiro passo é ter sensibilidade para diagnosticar/ identificar esses líderes e tentar mostrar o propósito da ação da empresa para os mesmos. É uma ação contínua, onde precisamos mostrar a intenção não só para os líderes, mas também para os outros funcionários, que são as pessoas que acabam elegendo esses líderes.

Conversando sobre comunicação: Já gerenciou alguma crise gerada a partir da comunicação informal?  Comente.
Rejane: Nada grave, apenas o dia-a-dia de líderes e liderados da comunicação informal.

Conversando sobre comunicação: Qual a melhor maneira de usar a comunicação informal a favor da organização?
Rejane: Na minha visão existe uma tendência para a comunicação menos formal e que garanta maior agilidade, ou seja, via meio de comunicação interna, smart phones, mídias sociais, etc. Fundamental é utilizar a liberdade e as ferramentas com bom senso e com propósito produtivo.

Como citado em publicações anteriores, essa entrevista reforça a importância do controle da comunicação informal. Os profissionais de Recursos Humanos, assim como os profissionais de comunicação, ao exercerem um cargo de gestão, devem estar sempre atentos ao ambiente corporativo e às oscilações que nele podem ocorrer devido às trocas impessoais de informações. Ao invés de enfrentarem o desafio de gerenciar a comunicação interna de maneira negativa e agressiva, os profissionais devem a oportunidade que lhes é possibilitada de fortalecer relacionamentos, tornando-a um meio benéfico das empresas comunicarem, uma vez que a informalidade pode aproximar as pessoas e principalmente, neste caso, o público interno.

Agradecimento especial pela colaboração da Rejane Cunha, que nos ensinou um pouco mais sobre a gestão da comunicação informal.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Um toque a mais: dicas de vestuário corporativo

Por Luisa Petry

É muito comum que as pessoas acreditem que a comunicação só acontece quando existem interlocutores que estabelecem um diálogo por meio da fala ou da escrita. No entanto, não podemos desconsiderar a existência da linguagem corporal que pode revelar muito sobre o nosso comportamento e a nossa personalidade. São as chamadas “mensagens não verbais” que o corpo envia de maneira inconsciente às pessoas ao nosso redor, que abrangem desde a nossa postura até o jeito de nos vestir.

A roupa, desde o início dos tempos, é considerada um instrumento de organização e identidade. Revela tradições, elementos que distinguem classes ou funções sociais, sendo, portanto, um meio de nos fornecer indícios sobre o próprio indivíduo ou do grupo ao qual ele pertence.

Em um ambiente profissional, especialmente, deve-se tomar muito cuidado com as vestimentas. É de bom senso evitar roupas muito justas, coloridas, com decotes ou curtas demais, uma vez que a forma com que os colaboradores se vestem torna-se um atributo de identificação do ambiente corporativo.

É por este motivo que, muitas empresas adotam o uso de uniformes, a fim de evitar possíveis posturas inadequadas de seus funcionários. Esta iniciativa transpassa profissionalismo, organização, segurança e confiança ao cliente, além de demonstrar que há uma equipe à disposição para atendê-lo.

A adoção dessa prática auxilia também a reforçar a identidade visual da organização e a fortalecer a marca, uma vez que as cores e conceitos da organização podem ser evidenciados neste tipo de vestimenta.

Os colaboradores são o cartão de visita da organização, por isso, devem ser responsáveis por um bom atendimento ao cliente e também devem zelar para que uma boa “primeira impressão” seja registrada pelo público externo àquela empresa.

Com isso, é dever da equipe responsável pela comunicação interna da organização instruir os colaboradores, seja qual for o nível hierárquico, da maneira mais correta de se vestir, usando ferramentas de comunicação como e-mails, murais, palestras ou até mesmo treinamentos. Investir na postura do colaborador é, acima de tudo, investir na própria marca! Dado esse cuidado e essa atenção, a empresa transparecerá credibilidade e segurança, estará mais preparada para atender seus clientes e caminhará sempre para uma imagem cada vez mais sólida.