quarta-feira, 30 de maio de 2012

Liderança Informal

Por Bianca Ferrari

Muito comumente as organizações se preocupam em manter um canal direto de comunicação com os gestores de cada área, para que eles transmitam a seus funcionários as informações corretas e no tom que a empresa deseja informar. Mas não se pode esquecer os líderes informais, um grupo importantíssimo com quem se deve manter um diálogo simétrico de mão dupla. 

O líder informal é uma pessoa comum, que atrai naturalmente para si responsabilidades de aconselhar, orientar, ouvir, ler, analisar e até mesmo dar a palavra final a respeito de determinado assunto. Seus colegas de trabalho o admiram, confiam e, conseqüentemente, aumentam sua credibilidade. Geralmente esta personalidade é eleita por ter competências técnicas extraordinárias, conhecimento, inteligência, comportamento ético, autenticidade e acima de tudo ótimo relacionamento interpessoal que o leva a transitar tranquilamente entre os mais diversos setores.

O respeito que ele conquista provem também de sua capacidade de manter o espírito de coletividade, o que o aproxima mais dos funcionários. Muitos líderes formais não têm um contato direto com seus subordinados, pois estão inseridos em um cenário mais burocrático, de risco, em que o funcionário teme dizer tudo o que pensa ou não tem coragem de pedir uma opinião com medo de que seus erros possam ser apontados e utilizados contra ele. Já a liderança informal faz parte de uma atmosfera mais descontraída e amigável em que as pessoas o reconhecem por si só, sem nomeações oficiais. 

Devido ao seu alto poder de mobilização e facilidade comunicacional, as organizações devem mapear esses influenciadores e traçar estratégias para tê-los como aliados da comunicação interna. Um líder informal bem amparado comunica com facilidade e leva ao departamento de comunicação as informações necessárias para um bom planejamento de ações.  É importante que a organização os ouça e respeite, sem necessariamente querer transformá-lo em um líder formal, o que pode gerar até um efeito de rejeição perante o público que se reúne em volta dele.

Dessa forma, evidencia-se como a “informalidade” é importante e deve ser levada em consideração para que a comunicação interna de uma empresa seja eficiente, alcançando todos os públicos desejados.

Referência: http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-academica/comunicacao-informal/51/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Comunicação Informal: não lute contra, junte-se a ela!

Por Thairine Teixeira

Como vimos nos posts anteriores, a comunicação informal muitas vezes é julgada por sobressaltar no ambiente organizacional algumas dificuldades de trabalho ou de relacionamento entre os colaboradores. No entanto, é essencial que esta forma de comunicação seja vista também como benéfica à organização, uma vez que contribui para a melhoria e para o fortalecimento das relações com o público interno. Ela possibilita o conhecimento do perfil de cada um dos colaboradores e identifica suas competências, suas habilidades (técnicas ou intelectuais) e suas atitudes naquele ambiente.

Neste cenário, portanto, as organizações são, acima de tudo, redes complexas de relacionamento entre processos e pessoas, que estão sujeitas a um processo contínuo de mudança, já que vários fatores externos podem influenciar o seu posicionamento. Mas, ainda que o macroambiente tenha forças atuantes nos planos e processos corporativos, o grande diferencial a ser destacado são os agentes que conduzem uma dada organização à busca por resultados tangíveis. 

Sob esta perspectiva, a comunicação informal é motivada pela ansiedade de cada um desses agentes em suprir sua “carência” informacional do cenário que ele está inserido. Como nós bem sabemos, é inerente ao homem do século XXI, impulsionador do que hoje conhecemos como Web 2.0, produzir uma grande quantidade de informações quase que instantaneamente em seu dia a dia, ainda que elas tenham chance de não ser tão representativas para as outras pessoas ou que não sejam verdades.

Segundo o livro "Planejamento de Relações Públicas na Comunicação integrada", da autora Margarida Kunsch: "a comunicação informal nasce da necessidade das pessoas conseguirem informações sobre a organização que, muitas vezes, não é suprida pelos canais formais e faz com que elas procurem meios alternativos. Além dos famosos boatos e rumores, “a conversa, a livre expressão do pensamento, as manifestações dos trabalhadores sem o controle da direção administrativa são algumas expressões da rede informal, insertas no convívio natural das pessoas e dos grupos” (KUNSCH, p. 84).

Tendo isso em vista, os colaboradores da empresa devem identificar na figura do líder ou do gestor, a maneira mais correta de direcionar as informações produzidas, a fim de traçar um objetivo em comum a favor da organização, ainda que para isso a atuação desse líder tenha que ser segmentada em subgrupos. Dessa forma, as redes informais de comunicação podem caminhar alinhadas para a solução de problemas internos, minimizando impactos na solidez da organização frente ao seu mercado.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os Conselhos Internos de Comunicação

Por Renata Faila

Ao estudarmos a comunicação informal e a comunicação interna não nos resta dúvida de que a rádio peão deveria ser uma prática menos recorrente nas empresas e, também que por meio dela, grandes crises podem surgir. Porém, os teóricos que me desculpem, mas é praticamente impossível apontar uma empresa que tenha eliminado esse hábito de forma definitiva. Até porque, podemos verificar que em muitos lugares a rádio peão não funciona somente para o mal, mas é utilizada sempre que necessário, por ser o único meio que os funcionários encontram para se comunicar.

Como então resolver este problema?
Uma das formas mais eficientes para aproximar a comunicação informal e a organização é o chamado “Conselho de Comunicação”.

O Departamento de Comunicação normalmente é a área responsável pela criação do Conselho, de forma a garantir o alinhamento do planejamento das ações, com os objetivos da organização e claro, com a sua cultura. A primeira iniciativa para sua formação é a escolha dos membros, ou seja, dos Conselheiros. O ideal é que cada área ou departamento tenha um representante escolhido, seja por meio de uma eleição ou pela indicação de seus gestores.

Este representante deve ser proativo e engajado com as necessidades de sua área, além de entender que sua missão não é representar apenas os próprios interesses, mas sempre (e principalmente) pensar no todo. Essa costuma ser a parte mais difícil, por isso todos os membros devem receber um bom treinamento para que a ideia possa ser levada adiante com sucesso, tal qual foi estruturada.

O Conselho de Comunicação é uma espécie de fórum, no qual os funcionários membros têm a possibilidade de expressar suas preocupações, dúvidas ou sugestões e também dos profissionais de comunicação repassarem a todas as áreas as informações corretas, envolvendo todos os representantes no processo da tomada de decisão e deixando os funcionários sempre atualizados, umas vez que os conselheiros devem repassar a informação. É importante ressaltar que as reuniões de Conselho não são um momento de reclamações, portanto os responsáveis devem orientar quem deve ser contatado para que se possa melhorar o cenário, sem deixar tais insatisfações pelos nos corredores da empresa.

É por meio deste Conselho que o departamento de comunicação vai reconhecer as dificuldades do trabalho e sugestões dos colaboradores, para poder filtrar quais problemas são da alçada dos comunicadores e quais devem ser endereçados aos departamentos correspondentes, até que cheguem a uma solução. Este é um ponto muito importante: a equipe de comunicação não deve interferir naquilo que não lhe diz respeito, porque isso pode fomentar a criação de inimizade com as demais áreas, além de ser uma forma de prevenção que o Conselho perca força e credibilidade.

Uma vez que um bom trabalho é “feito”, recebendo o devido apoio e feedback da alta gestão, o Conselho ganha representatividade efetiva perante a organização e o processo comunicacional passa a fluir naturalmente, contribuindo para eliminar boa parte dos problemas gerados pela rádio peão, fofocas ou outras formas possíveis de comunicação no contexto da informalidade.

Referências: Aula de comunicação interna da Profa Viviane Mansi. 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A comunicação informal usada de maneira inteligente

Por Luisa Petry

Atualmente, os “olhos” das organizações estão muito voltados aos seus funcionários, pois os processos, o bom relacionamento e o alcance dos objetivos da empresa dependem do trabalho de cada um. Fica cada vez mais nítido que elas estão interessadas em motivar e capacitar equipes, além de estarem atentas aos desejos, opiniões e ideias de seus colaboradores. Houve um processo de conscientização de que todos esses aspectos também influenciam seus resultados financeiros e principalmente, a consolidação de sua imagem e reputação frente aos seus públicos de interesse.

Por estes motivos, a comunicação informal tornou-se relevante dentro das organizações. Geralmente, ela era subestimada pelas pessoas, vista com maus olhos e existia uma convicção que ela deveria ser evitada de qualquer modo. No entanto, com ressalva aos boatos e fofocas, percebeu-se que esse tipo de comunicação pode ser um sinalizador da necessidade de um melhor conhecimento do que pensam os colaboradores. Sem ela, o processo de comunicação fica fragilizado.

Muitas vezes, aquela conversa "inocente" na hora do cafezinho, pode ser o momento de maior manifestação das angústias encontradas no dia a dia do trabalho, além de opiniões sobre as necessidades da empresa, que poderiam ser mediadas por um líder disposto a "abraçar a causa" e claro, melhora-la. São momentos e informações ricas para a organização, que poderiam posiciona-la a uma mudança benéfica a todos os envolvidos.

    

A comunicação informal já faz parte do processo de  gestão de uma empresa. Momentos que favorecem conversas informais, onde todos estão em igual situação (como almoços, confraternizações, aniversários, happy hours, ...), podem incitar raras manifestações a respeito de determinado assunto que dificilmente apareceriam em conversas formais  em um ambiente de trabalho. Na maioria das vezes, os líderes não estão preparados para analisar e enfrentar esses fatores, e esquecem que isso pode influenciar na produtividade e nas tomadas de decisão.

Deve-se destacar também a importância das informações atuais e ainda não documentadas, comunicadas de maneira interpessoal e visual, as quais os líderes devem estar atentos, pois possuem detalhes sutis e quase imperceptíveis, que podem dizer muito. É por isso que, a comunicação informal também nos auxilia na visão do clima organizacional e na reação de seus colaboradores à possíveis mudanças.

Eis a grande vantagem deste tipo de comunicação em relação a comunicação formal: a diminuição dos obstáculos encontrados nas relações possibilita uma maior franqueza na troca de informação, tornando os relacionamentos mais estreitos e auxiliando na proposição de soluções e principalmente, na confiança de que determinada situação pode ser melhorada se tiver o engajamento de todas as partes. Em suma, isso pode explicar sua força.

A comunicação informal contudo, já é considerada uma ferramenta fundamental na gestão administrativa das organizações, e ao contrário do que muitos pensavam, não deve ser "abafada com panos quentes" ou  em outros casos extinta, mas sim utilizada em benefício da organização e do bem estar de seus colaboradores.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Criatividade e motivação no ambiente de trabalho

Por Jéssica Medeiros

O ambiente de trabalho pode dizer muito sobre uma organização. Se o ambiente é sério e formal demais, é provável que as pessoas que ali trabalham não estejam muito confortáveis, no entanto, um escritório, colorido, arejado e claro, é constituído por profissionais mais alegres, motivados e comunicativos. A partir disso, podemos relacionar a qualidade e motivação dos ambientes de trabalho com a comunicação informal dentro das organizações.

Dependendo da cultura da empresa, o ambiente corporativo pode ser menos ou mais divertido. Porém, independentemente da área de atuação da organização, climas mais descontraídos são necessários para permitir a manifestação de ideias, muitas vezes proveitosas, que em um ambiente mais formal sequer seriam pronunciadas. Prova disso são os famosos brainstorms realizados pelos profissionais quando precisam de ideias inovadoras. Em um clima mais descontraído em que vale falar tudo sem ser julgado e onde qualquer insight pode ser valioso, a criatividade flui sem esforço.


Um exemplo de empresa, que une todos esses atributos (ser sinônimo de criatividade e inovação, possuir um ambiente/clima organizacional bem descontraído e informal) é o Google. Seus escritórios são coloridos, divertidos, possuem salas de jogos com vídeo games, mesa de bilhar, patinetes e outros eletrônicos que estimulam seus colaboradores no desenvolvimento de suas atividades.

Esse caráter livre, não submetido às regras e normas ditatoriais oriundas da alta administração, nasce espontaneamente da convivência grupal, do diálogo e troca entre os participantes. Por isso, deixar o clima organizacional mais divertido não significa esquecer que é preciso atingir resultados, não é deixar de lado a seriedade e o compromisso que é assumido com a empresa e seus clientes. É simplesmente deixar a criatividade fluir no momento oportuno!
O próprio Google comprova que as melhores ideias e invenções de seus funcionários ocorrem nesses momentos descontraídos. Nos 10% de tempo que eles têm para fazer o que realmente querem, os funcionários produzem mais do que nos 90% restantes, que ficam em suas mesas na frente de um computador. Em suma, uma empresa deve analisar cuidadosamente os benefícios que pode ter ao assumir um viés mais informal, um líder mais espirituoso, uma equipe mais entrosada, um ambiente menos sisudo.

Como já temos visto no decorrer das publicações, a comunicação informal é inevitável. Os indivíduos agregam uns aos outros ao formarem grupos, e por isso devem usar da comunicação como ferramenta em prol da organização, uma vez que a informalidade costuma revelar o que está implícito nas relações. Sem esse sistema, tornar-se-ia impraticável o desenvolvimento do espírito de equipe, das motivações e da identificação pessoal com a empresa.