quarta-feira, 23 de maio de 2012

Comunicação Informal: não lute contra, junte-se a ela!

Por Thairine Teixeira

Como vimos nos posts anteriores, a comunicação informal muitas vezes é julgada por sobressaltar no ambiente organizacional algumas dificuldades de trabalho ou de relacionamento entre os colaboradores. No entanto, é essencial que esta forma de comunicação seja vista também como benéfica à organização, uma vez que contribui para a melhoria e para o fortalecimento das relações com o público interno. Ela possibilita o conhecimento do perfil de cada um dos colaboradores e identifica suas competências, suas habilidades (técnicas ou intelectuais) e suas atitudes naquele ambiente.

Neste cenário, portanto, as organizações são, acima de tudo, redes complexas de relacionamento entre processos e pessoas, que estão sujeitas a um processo contínuo de mudança, já que vários fatores externos podem influenciar o seu posicionamento. Mas, ainda que o macroambiente tenha forças atuantes nos planos e processos corporativos, o grande diferencial a ser destacado são os agentes que conduzem uma dada organização à busca por resultados tangíveis. 

Sob esta perspectiva, a comunicação informal é motivada pela ansiedade de cada um desses agentes em suprir sua “carência” informacional do cenário que ele está inserido. Como nós bem sabemos, é inerente ao homem do século XXI, impulsionador do que hoje conhecemos como Web 2.0, produzir uma grande quantidade de informações quase que instantaneamente em seu dia a dia, ainda que elas tenham chance de não ser tão representativas para as outras pessoas ou que não sejam verdades.

Segundo o livro "Planejamento de Relações Públicas na Comunicação integrada", da autora Margarida Kunsch: "a comunicação informal nasce da necessidade das pessoas conseguirem informações sobre a organização que, muitas vezes, não é suprida pelos canais formais e faz com que elas procurem meios alternativos. Além dos famosos boatos e rumores, “a conversa, a livre expressão do pensamento, as manifestações dos trabalhadores sem o controle da direção administrativa são algumas expressões da rede informal, insertas no convívio natural das pessoas e dos grupos” (KUNSCH, p. 84).

Tendo isso em vista, os colaboradores da empresa devem identificar na figura do líder ou do gestor, a maneira mais correta de direcionar as informações produzidas, a fim de traçar um objetivo em comum a favor da organização, ainda que para isso a atuação desse líder tenha que ser segmentada em subgrupos. Dessa forma, as redes informais de comunicação podem caminhar alinhadas para a solução de problemas internos, minimizando impactos na solidez da organização frente ao seu mercado.

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